segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

UM PERIGO QUE RONDA OS FILHOS DE DEUS

“É um mercador; tem balança enganadora em sua mão; ele ama a opressão. E diz Efraim: Contudo, eu tenho-me enriquecido, tenho adquirido para mim grandes bens; em todo o meu trabalho, não acharão em mim iniquidade alguma que seja pecado” (Oseias 12.7,8).

Que tristeza ouvir do Senhor que nós nos transformamos em mercadores! Ora, não é errado buscar a prosperidade, conseguir lucro no seu trabalho secular e, desse modo, poder comprar bons artigos e desfrutá-los. O equívoco, porém, é fazer isso deixando de dar aos perdidos o amor que lhes é devido. Nós, que nascemos na família de Deus, somos mais do que privilegiados; somos o Corpo do Senhor. Mas, infelizmente, muitos se têm transformado em mercadores, preocupando-se em evangelizar apenas os que lhes dão – ou pensam que lhes podem dar – algo em forma de recompensa.

Como servos do Altíssimo, temos de fazer o que Ele orienta. Do contrário, perderemos o privilégio da Sua graça. Jamais o nosso julgamento deve ser tendencioso; afinal, não é correto pender para um lado por qualquer motivo, pois todos têm direitos iguais. O temor a Deus é que deve nortear todas as nossas escolhas, pois, com ele, nunca tomaremos decisões das quais venhamos a nos arrepender ou que prejudiquem alguém. Ter “dois pesos e duas medidas” – usar balança falsa – não fica bem para ninguém, menos ainda para os servos do Senhor.

Não é errado obtermos lucro em tudo o que fazemos; o erro está em nos empenharmos a viver em busca desse lucro. Temos de nos dedicar somente ao Senhor para fazermos o bem; dessa forma, veremos que Ele sempre é fiel em abençoar toda a obra de nossa mão e, com Ele, conseguiremos conquistar muito mais do que amando as recompensas materiais – o lucro sem a bênção se transforma em opressão.

Efraim mostrou que o propósito do seu coração era o enriquecimento. No entanto, quem tem juízo deve colocar como alvo de sua vida a realização da vontade divina. Ser rico em relação aos homens pode ser um laço, mas enriquecer-se com relação a Deus é uma bênção a ser buscada com determinação.

A fascinação pelas riquezas tem corrompido muitas pessoas. Jesus, por sinal, disse que ela é um dos motivos que fazem a Palavra de Deus ficar infrutífera no coração de muitas (Marcos 4.19). O nosso fascínio deve ser pela obra do Senhor. Às vezes, meu irmão, vender algum artigo para alguém pode fazer com que você perca a maior das recompensas: ganhar aquela alma. Se isso ocorresse, seu lucro seria bem maior do que qualquer dinheiro.

Na passagem lida, vemos que o egoísmo tomou conta do efraimitas. Eles lutaram para adquirir muitos bens e, depois, vangloriavam-se do que conseguiram. Contudo, aqueles bens eram rotos – e a ferrugem, a traça e os ladrões cuidariam de acabar com eles. Se, porém, tivessem entesourado para a vida eterna, jamais seriam os desgraçados e miseráveis referidos pelo Senhor em Apocalipse 3.17.

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares

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